sábado, 28 de abril de 2007

Notas

O posto anterior faz muito mais sentido com esse aqui:
Primeiro achava que eramos nascido para ser os destruídos pelos mestres da semana de vinte e dois no Brasil, achava que deveríamos ser engravatados, falando palavras nobres e ganhando muito dinheiro por trás das tais escrivaninhas; todos homens respeitosos e respeitados da sociedade, HOMENS DE IMAGEM. Pessoas sem sonhos, sem imaginação. No fundo, tristes.
Um dia percebi que não era bem assim, não era necessário a gravata, a escrivaninha nem os cálculos irracionais e apáticos (que incluo agora!). Percebi que o que era preciso era apenas "ser de verdade". Puxa, SER DE VERDADE é algo dificil de descrever. Ou se "é de verdade" ou se é uma farsa, alguám que quer ser o que não é e, infelizmente, não sabe o que é. Geralmente isso ocorre com pessoas infelizes que pretendem agradar a todos jah que pensam que não agradam ninguém. E "ser de verdade" se tornou um sentido pra mim, algo positivo a se seguir nessa única vida que tenho.
Bom, felizmente encontrei pessoas "de verdade" depois de ter pensado em tudo isso. E fico muito feliz por ter encontrado todas essas pessoas. Algumas delas mto interessantes e que têm muito ainda a contribuir com a minha formação pessoal, ou alma, ou aura ou seja lah como se chame. Entre elas, a que é "nascida para ser selvagem", ou "bórn tiu bí uáid", com a qual ainda tenho muito que aprender. É um universo TOTAMENTE familiar, juro, mas que jamais havia tomado conhecimento de que ele existia... A vida não passa de um acúmulo de coisas boas.

domingo, 15 de abril de 2007

Sês la ví , em francês.

Relação com post anterior:
Veio e me perguntou:
-Então se a vida é uma bosta, porque a gente continua vivendo?
Respondi na lata:
-Porque senão num ia ter do que reclamar.
A outra conversa sobre coisas fúteis estava bem mais interessante.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O jogo das convivências

O post anterior tem tudo a ver com esse: Passei pelo primeiro deles e perguntei "quanto que tá o jogo?", ele, "Dois a zero, mai anda tem trinta minutos". Segui em frente. Passei pelo segundo e perguntei "quanto tá o jogo?", ele, "Dois a zero, mas o jogo do Canelera no Redondão tá três a um, se esse aqui num fizé mais dois gols, num fizer quatro a zero, não classifica, porque no jogo passado foi empate, dois a dois, e lá no Porto foi quatro a um, QUATRO. Tá fudido, tem que fazer mais dois gols e num tomá nada, só que a pressão tá aumentano", "tá fudido, então", respondi. Segui em frente. Passei pelo terceiro e perguntei "quanto tá o jogo?", ele, "Dois a zero. Mai cê nem tá acompanhando o campeonato, por que tá perguntando então?", respondi "É que é assim: acabei de chegar e tá todo mundo assistindo o jogo. Quem gosta de assistir gosta de comentar o jogo, e é dahora ver o quanto as pessoas sabem do campeonato todo, dos resultados, de que time joga com qual time, quantos pontos e tudo isso". Ele me olhou com cara de "que cara louco". Segui em frente e finalmente cheguei no meu quarto e tirei os sapatos.
Essa história é a unica até agora que não aconteceu de verdade, tirando o fato de que realmente cheguei em casa e perguntei pra todo mundo, um por um, quanto é que tava o tal jogo. Ah, Canelão, Porto e sei lá mais o que q eu escrevi não existe. Se não notaram essa "gafe", é por que está na hora de acompanhar o campeonato pra saber o que é q tah rolando.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Quando ela não está lá

Relendo o que foi escrito anteriormente, lembrei desse cara:
Quando o encontrei ele estava sentado na areia da praia, com seu violão vermelho de companhia. Havia sol, mas nesse dia não pensava em castigar ninguém. Algumas poucas pessoas caminhavam pela areia. Ele logo me reconheceu, me sentei perto para ouvir o que quer que fosse dizer.
O amor de verdade, paixão, o que seja, entre duas pessoas, é como uma estrela. É lindo, brilhante, domina, ilumina, esquenta, cria sonhos e tudo o mais. Mas relação com a estrela tem um problema, a estrela SEMPRE fica lá no alto, quase uma questão platônica, e, quando a olhamos, pode ser que ela já não exista mais, por mais que você veja o brilho.
Daí ele empunhou novamente o violão e tocou alguma coisa agradável, não me lembro o que foi, e os poucos transeuntes do local continuavam sua caminhada distraídos com a bela ilha que escondia parte do horizonte.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A viagem (viajem?)

O post anterior me remeteu a esta historia:
Aconteceu ha algum tempo. Ele sabia o que queria e iria lutar para conseguir. Chamava-se sonho, status, verdade, todos os nomes com sentidos positivos. E assim começou seu ano, sempre focando o sucesso no final. "O sofrimento purifica a alma", nada pode ser conseguido sem trabalho. Esforçou-se para se enquadrar nesse mundo que, de certa forma, não era o seu, o estudo metódico para se passar em um vestibular dos mais concorridos do estado, algo que estava apenas atrás do curso de medicina, algo que apenas Hércules poderia conseguir. E lá foi ele lutar pelo seu sonho.
E lutou de fato.
Mas não conseguiu, por pouco. Talvez ainda não fosse o momento dele, acreditava que aquilo aconteceu pelo fato de não estar preparado para pertencer a esse mundo do qual sonhava, afinal, acreditava que deveria pertencer ao mundo X ou Y ou Z. Ficou extremanente frustrado. Perdera um ano de sua vida. Pelo menos é o que pensava.
Ao invés de alcançar seu sonho conseguiu alcançar o sonho de muita gente, mas que não era o seu. Foi pra longe estudar, muito longe. Alguns chamam de paraíso, outros de magia, outros de "vida boa".
Não acreditava.
Até chegar lá.
Antes mesmo de chegar, começou uma vida diferente das que ele já hava vivido. Muita coisa nova lhe apareceu pelo caminho. Estava aprendendo a gostar de tudo. Na verdade, estava aprendendo a entender tudo.
Depois que chegou lá percebeu que tudo era novo e que não hvia mais o certo ou o errado, o bom ou o mal, o feio e o bonito. Havia apenas o que as coisas eram. E, se eram DE VERDADE, então mereciam todo seu respeito. As pessoas que conheceu lá o ajudaram a compreender isso. O mundo é muito grande, as pessoas são quase infinitas e também muito grandes; não tem como haver uma só verdade.
Sabe-se que seu sistema de vida e de valores também mudara. As pessoas não eram mais más, simplesmente eram o que fossem, e isso fez com que ele se interessasse por cada uma delas, afinal, são infinitas as pessoas, são infinitas as experiencias, é infinito seu ser para enche-lo de coisas boas.
Aquilo tudo durou pouco, como um dia de festa embriagado com os melhores amigos e muita musica boa. Mas foi o suficiente para que ele voltasse ao "mundo real" muito mais preparado para ajudar a fazer melhor a vida das outras pessoas que encontrará pelo mundo.