quinta-feira, 28 de maio de 2009

Música

Há um tempo tive uma vontade muito grande de sair tocando música por aí. A intenção, um tanto infantil, era animar as pessoas por aí, com músicas que elas gostassem, e também com algumas que mostrassem o mundo pra elas. Quando não estou atento, fico deslumbrado com as letras e ritmos das músicas da década de 60 e 70, de vários países diferentes, pois todas falam de liberdade, e de alguma coisa a mais do ser humano que o completa de verdade, ou pelo menos passam essa idéia.

Mas quando resolvo tocar essas mesmas músicas hoje, me lembro que quase tudo é mercadoria, e algumas pessoas não percebem isso, e resolvem ouvir música sem motivo, só pra completar algum espaço no vazio do dia-a-dia, a música funcional. E, se por acaso eu chegar a tocar essas músicas por aqui é bem provável que eu faça o papel do Ipod de reproduzir som para ninguém prestar atenção.

----------------------------------------------------------------------------------------------

Quando escrevo isso, tento ao máximo não transformar uma tese em algo particular e pequeno. Esse texto pode muito bem ser lido como se eu estivesse lamentando um fato particular, que não afeta mais ninguém além de mim. Proque, no fundo, o problema desse texto pode ser o fato de eu não conseguir me adaptar aos Ipod. Por outro lado, pode parecer um texto depressivo, no qual houve um passado em que os Ipod não domnavam a vida das pessoas, e eu, com esse texto, pretendo resgatar esse passado exatamente como ele foi. Dessa forma, escrever um texto contando exatamente o que quero contar é uma terefa quase impossível, pois a cada período tenho que adicionar outro explicativo.

E o texto fica imenso.

E ninguém vai querer ler.

Eu mesmo não vou querer escrever tanto assim.

E o que acabei de escrever pode ser lido da mesma forma como podem ser lidos o texto do início do post.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dos blogs

Blog é um lance pessoal. Mas me parece ser um lance pessoal para ser visto por todos ou por alguns seletos. Caso se queira fazer algo pessoal secreto, escreve-se um diário, com cadeado e tudo. No blog, o cadeado está aberto pra incitar a curiosidade.

O gostoso dos blogs também é o link que a internet permite. Dá pra passear um tempão nos blogs do pessoal.

Mesmo assim, não entendo porque ninguém visita esse blog aqui. Pelo menos, se visitam, não deixam pistas.

O computador é o único coitado que lê tudo que escrevo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mais leituras

Ainda no livro do Hagakure:

Na geração do senhor Katsushige havia vassalos que, independentemente de seu posto, eram requisitados para trabalhar para o mestre desde pequenos. Certa vez, quando Shiba Kizaemon fazia esse serviço, o mestre estava cortando suas unhas e disse:

- Jogue isto fora.

Kizaemon pegou as unhas, mas não saiu do lugar, e o mestre perguntou:

- Qual é o problemas?

- Está faltando uma - respondeu Kizaemon.

- Aqui está - disse o mestre, e entregou a unha que havia escondido.

Negação do acaso

Enquanto pensava

na frase perfeita para o desfecho,

Dona Maria lavou toda a louça.

sábado, 9 de maio de 2009

"Mirrors are more fun than television"

Naquela ocasião ele disse o seguinte:

- Sabe, hoje em dia a moçada só está mais higiênica. Há um tempo atrás, quem queria fazer alguma coisa pra poder se sentir vivo ia procurar alguma droga, essas da psicodelia. Pra ver algumas coisas malucas, ouvir melhor o som de alguém ou, pelo menos, ter alguma sensação de liberdade. Mas daí um cara chegou pra mim e disse 'meu, eu sou quase um Dorian Gray ao contrário'. Ele parecia que tinha uns 60 anos, ma não tinha nem chegado nos 40. Hoje a molecada é bem mais higiênica. Até pra fazer um som as coisas tem que estar perfeitas, tudo limpinho. E você, não usa droga não, né?

- Só experimentei. Mas não é que faz mal, é que é foda ficar guardando dinheiro pra gastar com isso, tá ligado? Já gasto pra caralho com as brejas, já tá bom. Quer dizer, não tá, mas tá bom.

- Você trabalha?

- Ainda não. Eu tava muito querendo arranjar um trampo sério, sabe?

- Tá tão foda assim?

- Tá. Eu queria arranjar uma grana pra poder comprar um PC novo e uns jogos originais. "Fallout 3" é muito bom.

- Computador? Orra, porque você não vai viajar, fazer alguma coisa?

- É que no jogo dá pra fazer o que você quiser, meu. Dá pra dar uns tiros, montar seu carinha, evoluir e tudo. Tem um porre de final diferente, os carinhas reagem diferente. Se eu for viajar, meu, tem que ser corrido pra poder voltar e trabalhar.

Sempre conversavam sobre muitas coisas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sonhos

Hoje tive um sonho bem estranho.

Morava na minha antiga casa e, por algum motivo, o céu tinha uma faixa mais azul-escura que o azul claro da tarde. Essa faixa estranha estava acabando com tudo!

Me lembro (quando a gente acorda é muito normal esquecer tudo...) que tudo o que passava por aquela faixa azul-escura dava problema. Me lembro de ter visto um avião perder o controle, depois um navio de ponta cabeça flutuando pelo céu, um satélite caiu no telhado da vizinha, e por aí as coisas vão...

E era muito angustiante que minha mãe não ligava pra nada! Eu ficava mostrando as provas de que algo estava errado, mas ela não estava nem aí.

Num certo momento o céu foi ficando vermelho e começou a cair meteoros e tal. Nem assim ela deu atenção.

Eu acordei, morrendo de sono. E o sonho foi tão interessante e empolgante que eu resolvi dormir e sonhar tudo de novo.

E consegui! Adiconando a isso o fato de que o sonho ganhou uma continuação na qual eu estava subordinado à uma máfia de japoneses que estavam tentando roubar não lembro o que de uma mina de não sei o que lá.

Mas o legal é que esses pesadelos foram bem emocionantes.