quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sacola de puta-que-pariu

Continuação dos posts anteriores. TODOS os posts anteriores:

O computador com internet é a grande benção do nosso século. Graças a ele pessoas como eu podem ter alguém com quem conversar. O mundo é muito cruel, as doenças estão aí e o ser humano é um canibal, portanto, não há motivos para que eu queira fazer mais nada que não seja no mundo virtual.
É incrível: não preciso mais fazer quase nada da minha vida, pois aqui sentado eu resolvo 97% dos meus problemas. Não preciso mais brigar com as pessoas por aquilo que eu quero, simplesmente mando um e-mail falando tudo o que eu quiser, ou melhor!, posso abaixar a minha cabeça, agunetar algumas horas de alguma coisa que eu ache errado ou não queira fazer, e depois posso ir até a internet extravazar minha raiva com algum jogo, sexo ou sites e programas de relacionamento.
Logo mais não vou nem precisar me movimentar para usar o computador. Aí será a maravilha, o grande avanço do século XXI!!!

sábado, 25 de julho de 2009

Do tédio (enquanto impossibilidade de se encontrar algo além daquilo que já está dado)

Os posts anteriores remetem a esse:

Enquanto jogo em meus brinquedos eletrônicos eu não sinto nada. Assim como quando me entupo de cerveja ou algum outro líquido alcoolico, bebendo como se eu não estivesse já cheio daquela coisa toda, os jogos me trazem essa sensação. O poder de imersão em alguma coisa da qual não deveria estar participando a não ser na loucura.
Os grandes jogos não precisam de gráficos, sons e efeitos impressionantes. Estes precisam de uma grande máquina que os faça funcionar, e essas grandes máquinas necessitam de um esforço humano para que a consigamos. No fim, o grande espetáculo audiovisual se perde na sua própria insustentabilidade diante das contas a pagar.
Os pequenos jogos (esses, os melhores) são aqueles que, além de funcionar naquela máquina que já tenho, ainda conseguem me transportar para o mundo que criam: um mundo completamente racional apesar de sua fantasia. Portanto, assim como um upgrade nas flechas me adiciona +2 de ataque contra os Orcs, o até contra os Bizantinos, alguns litros de cerveja me ajudam a acreditar e a viver em um mundo pacificado em que não é necessário pensar em mais nada que não seja salvar a partida antes de um ataque imporatnte ou conseguir aguentar o bastante para não ter que ir ao banheiro mais uma vez.
São fantasias tão racionais quanto uma compra de supermercado.