domingo, 6 de janeiro de 2008

Só mesmo louco

O post anterior é parte de um todo:

"De louco todo mundo tem um pouco". Mas pouco. Apenas alguns poucos têm muito de louco. E são esses poucos que são os melhores naquilo que fazem, verdadeiros especialistas que ultrapassaram a barreira do "prático e útil" e agora vivem sua loucura de fazer por fazer, ser por ser.
Descobri que, para ser bom, tem de ser louco.
Mas o louco corre um grande risco social: ser louco. Afinal, sendo ele apreciado ou repudiado pela maioria das pessoas, é com essa maioria que ele não consegue se comunicar. É para a maioria que ele não passa de um ser inalcançável.
Bom, então... o louco é aquele que não se comunica como a grande maioria que o idolatra ou o repudia. Metafóricamente ele fala outra língua, ele vem de outra região do universo.
Ele é o ser estranho.
Mas garanto que naum está nem um pouco se fudendo pra tudo isso.

2 comentários:

Anônimo disse...

O louco se sente um estrangeiro, passageiro de algum trem que não passa por aqui (citando Engenheiros do Hawaii!).
Depois que assisti (e debuiei de chorá!) "Uma Mente Brilhante", entendi claramente o que você diz. John Nash, matemático brilhante, repudiado e vivendo solitário, cria amigos imaginários porque - como ele mesmo diz - ninguém gosta de sua companhia. E ele era tão genial que ganhou um Nobel de Economia por ter mostrado uma falha na teoria de Adam Smith. Talvez você já tenha assistido, mas só pra relembrar =)
Eu queria ser louca. Louca de verdade. Não me importaria de ter alguma doença mental para compensar a minha genialidade. Queria ser REALMENTE boa em alguma coisa, boa em artes, números, palavras. Não me importaria com o preço disso, desde que não afetasse mais ninguém.

Mas, Mura, você não pensou que são os loucos que têm amigos de verdade. Amigos de verdade.




Beijão. =)

Mura disse...

Estranho, Laís, como a gente apreceque nasce sabendo e vai se esquecendo das coisas com o tempo. Isso aí que vc escreveu, percebe há quanto tempo que a gente esqueceu isso?