segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Da possibilidade de chutar tudo pro alto!

O post passado me lembrou essa história:

Quando estava para ir para a primeira série do colégio, não sei por que razão a diretora quis que eu fizesse um texto, daqueles dizendo o quanto a escola é boa, o quanto os amigos ficariam na lembrança e todo um monte de "novelices rede-globais" que a situação pedia. Pois bem, com a ajuda de minha mãe em alguma "inspiração" escrevi o tal texto que exaltava a escola e o estudo do homem de bem.
Acontece que, para quem é tímido, escrever é fácil, aliás, de tão impessoais que eram tais impressões, nem tive problema em escrever aquilo tudo, porém na hora de falar em público, em um palco, à frente dos pais e dos coleguinhas, o que poderia eu fazer?
Aquilo tudo era muito distante de mim, falar em público, exaltar qualquer coisa, ser o centro das atenções. Tudo o que sempre fiz foi passar um pouco desapercebido no meio de todo mundo, fazendo aqui e alí só o que me convinha, o que me dava prazer.
Moral da história: no momento em que fui chamado à frente da meia-lua que formávamos no palco da formatura da Caracol e me vi bem no centro daquilo tudo, com um microfone na boca, congelei por um segundo e só consegui dizer com a cabeça: NÃO.
- Não?!
- Não (com a cabeça).
Nem quis saber, voltei para meu lugar na meia-lua e fiquei quétinho. A Quió se propôs a ler meu texto.
Engraçado que me lembro dessa cena toda, mas não consigo sentir remorso ou culpa ou o que seja de negativo que devo ter sentido na hora (algumas lembranças vêm com as sensações). Pelo que me parece, o que senti MESMO no momento em que voltei para a fila foi alívio.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O não-criativo

Derivado do post anterior:

Como que acudido por um espírito criativo, ele bateu firmemente na mesa e gritou:
- Já sei! Vou escrevrer...
- Já escreveram.
- Pois então vou falar...
- Já falaram.
- Então vou cantar.
- Já cantaram.
- Dançar.
- Já dançaram.
- Pintar?
- Já pintaram.
- Oras, então vou escrever mesmo!
E o fez até o último ponto.

domingo, 25 de novembro de 2007

Meditação

O post anterior me fez pensar...:

Sentei-me confortavelmente. O que fazer então?
As coisas haviam saído do controle, os planos não foram seguidos, nem ao menos uma pequena parte.
"Siiiiim, a vida. A viiida, meu caro!". Que vontade de bater a cabeça na parede a cada vez que ouvia isso...
O céu lá fora era azul como no inverno, nada de núvens. O silêncio ao meu redor era como um inverno.
Música!, pensei.
Não, não dera certo. Preguiça.
Cinema!, pensei.
Preguiça.
(Mp3 mental tocando Curtis Mayfield, "I'm your pusher man...")
Preciso mesmo é de algum exercício, comida natural e um pouco de sol. O corpo sabe se cuidar.
Pero dónde vou encontrar isso?
Preguiça.
Acabou-se.

Levantei-me e vi o que havia feito:
Caguei um ponto de interrogação.

sábado, 24 de novembro de 2007

Movimento

O post anterior não existe sem este:

Fervia o arroz, dois copos de água.
A carne precisava de cebolas, algum alho e sal. A manteiga derretia na chapa.
Havia feijão congelado na geladeira. Mais uma vez se esqueceu dele pela manhã.
O queijo e a batata estavam sobre a mesa, aguardando.
Tomates em rodelas. Sal a gosto.




Não havia ninguém para acudir o arroz que queimava...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Escadas

Alí estava ele, diante do lance de escadas. Já havia passado por esses degraus diversas vezes tanto para ir como para vir, mas nesse dia, depois de ter pensado por muito tempo e por muitos dias sobre aquilo que lhe pesava a cabeça, resolveu que deveria tomar essa escada mais uma vez. Pena que ele não contava com a fraqueza que o deixaria receoso quanto aos degraus. Assim que parou, uma nova dúvida: “devo seguir?”.

Sua cabeça fora mais rápida que as pernas e os pés. Agora tinha muitas novas dúvidas e muitas novas certezas. Apenas a um passo do primeiro degrau. Mas é certo que não quis sentar, era necessário tomar uma decisão quanto aquilo tudo, não iria agüentar sua cabeça e todo aquele peso maldito sobre ela por nem mais um dia. Teria que decidir.

Começou a relembrar seu passado de infância, talvez ali houvesse alguma resposta para as perguntas. Ali estava ele, diante do lance de escadas. Era pequeno e não sabia das coisas do mundo. Passava pelos degraus todos os dias, ia e vinha, sem nem perceber a importância do lance de escadas. Mas naquele dia algo havia ocorrido, algo diferente. Foi preciso parar diante da escada. Naquele dia, era preciso tomar uma decisão. Somente assim tudo voltaria ao normal.

Sua pequena cabeça era muito mais rápida que seu corpo de jovem. As coisas que por ela circulavam o faziam duvidar quanto ao destino com relação a tudo aquilo. Não havia tempo para sentar, era preciso tomar uma decisão imediatamente.

Foi então que lembrou-se do tempo em que, já velho, sua sabedoria o guiava pelo mundo. Tudo era muito mais claro. Ele podia andar por toda a parte. Em sua viajem, porém, ao se deparar com a escada pela qual sempre passara, percebeu que era preciso se decidir quanto aos degraus, era preciso saber se deveria ou não passar por eles. Aquilo o consumia por dentro e deixava suas pernas quentes e moles. Ainda assim não se sentava, deveria tomar uma decisão rápida e precisa.

Algumas pessoas passavam e esbarravam em seu corpo, com pressa para chegar logo à outra ponta da escada. Algumas pessoas chegavam perto dos degraus e paravam, pensando se deveriam seguir.

Ali estava ele, diante do lance de escadas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Pimeta no Haiku dos outros é refresco...

Miojo e cerveja

Chove em Sampa

Sempre

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Há um nome, há definição.

Nada iria dar certo. Melhor, TUDO não iria dar certo.

Era como se, antes mesmo de acontecer, as coisas já soubessem seu destino, permanecendo, então, imóveis. Vontade de não sofrer, nem ser feliz.

Havia movimento, sim, mas apenas a energia e nada mais. A única e exclusiva energia que passava de um corpo a outro, objeto a objeto. Estava em cada um e em todos ao mesmo tempo, por isso sabia que não poderia dar certo.
Não era a energia que tinha a ciência do que iria ou não ocorrer, era o espírito. A energia já existe e sempre existiu, mas o espírito muda: a cada situação, o mesmo espírito, mas se manifestando de maneiras diferentes. A energia não, ela apenas está mais intensa ou menos perceptível. É por esse motivo que um depende da outra, mas jamais um será a outra.

Incompreensível?

Sabendo que qualquer coisa não iria dar certo, seguiu o conselho das coisas, dos objetos. Ficou imóvel. Imóvel como jamais ficara. Seus pensamentos também imóveis.

Foi aí que o tempo parou.

Mas parou de verdade! Não se pensava mais em "TEMPO", não se perguntava mais "O que é o TEMPO?", pois já não mais existia um TEMPO. Então foi assim que surgiu a VIDA. Sim, e sem a MORTE. Não havia mais o TEMPO, não poderia assim existir a MORTE. Mas, por mais estranho que pareça, existia a VIDA. Sim, claro! Como não poderia existir a VIDA, se a estava sentindo naquele momento? VIDA existia.
Não procurou apalpar a VIDA, nem mesmo sentir seu sabor, apenas sabia que ela ficaria alí, como a energia das coisas. Sentia-na ficar mais forte, uma sensação única e espetacular. Depois ficava fraca, um buraco-negro vindo do meio do peito, uma experiência que jamais tentaria esquecer.

Então começou a percber que, se existia a VIDA e conseguia sentir sua existência (e a existência da VIDA), era preciso saber o que era a VIDA. Sim, pois se conseguia sentir, e ela realmente existia, deveria haver alguma explicação! De que serve algo se não podemos explicá-lo?
Queria conhecer, queria obter, queria o poder sobre essa sensação tão boa.
Foi aí que se perguntou: "E a VIDA é até quando?". E a MORTE passou a existir. Sim, pois se existe um fim para a VIDA, esse fim é a MORTE. Definitivamente a MORTE.

Percebeu o quanto era fraca sua VIDA, e o quanto era obscura e enigmática sua MORTE. Enigmática porque não se sabia nada sobre ela, era apenas a MORTE e pronto. "Então, a MORTE é espírito?". Sendo assim, existe o TEMPO. Claro! Como é possível que acabe a VIDA e exista a MORTE sem que haja o TEMPO? Estava criado o TEMPO.
Mas o que será o TEMPO? O TEMPO deve ser energia e espírito. Os dois juntos. Sim, para poder satisfazer tanto a VIDA quanto a MORTE. Mas era impossível! Energia jamais será espírito, e espírito não é energia. O que é o TEMPO então?
Como poderia viver, ou como poderia morrer se não conseguia decifrar o TEMPO?

Pensava em uma resposta...

Era impossível algo estar certo! Era impossível TUDO estar errado!
Nada iria dar certo. Melhor, TUDO não iria dar certo.

domingo, 12 de agosto de 2007

O prazer de simplesmente só olhar...

Lembranças de agora. Fruto de posts passados...

Queria poder apenas me sentar e observar o mundo. Não sentir sede nem fome, nem precisar dormir. Simplesmente olhar o mundo.
É o momento de contemplação absoluta e absurda, o momento do espírito com a terra, com a Terra, com uma viagem deliciosa de onibus em que vejo todos ao meu redor. E eles passam mas ficam em mim, mesmo que em fragmentos. É a viajem, é o onibus, é o vôo. É disso que se precisa muitas vezes mas nem ao menos procuro. Por que? Saudade... Saudade? Não, medo. De perder o pouco mediocre que acumulei derante todos esses anos. E que certo dia irá voar também. Ha!, então vou olhar, de onde estiver e pensarei, com um sorrizo quase insano de felicidade por ter descoberto algo tão importante há muito tempo, mesmo que não tenha prestado atenção: "eu já sabia, pelo menos agora estou livre". A partir de então já não sei o que me acontece. Talvez possa finalmente me sentar e observar o mundo. Não ter sede nem fome, nem precisar fazer nada que não seja a viajem de ônibus no sol morno. A viajem de fora do ônibus. A viajem mais linda que alguém pode ter na vida... e sem nenhuma palavra.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Travesseiro de ventos

O post anterior, por incrível que pareça, nada tem a ver com esse:

É como se eu estivesse no meio de uma chuva de plumas macias. Tudo é tão branco e agradável que fico até fraco, sinto uma vontade imensa de me deitar aqui para sempre, ouvindo essa melodia silenciosa que me faz fechar os olhos e sorrir sem motivo. Sorriso puro. Ao meu lado, ela respira devagar, num sono profundo de quem tem a mente de um anjo novo a quem o céu claro e infinito é sua casa.
Mas, ao longe, vejo uma asa negra se aproximando. Uma escuridao de fim do dia toma o lugar.
Nessa noite não há estrelas, tudo parece pequeno e indefeso. Tranco a porta, os ventos estão distorcidos e amargos, vindos em ondas de um lugar frio que deve estar muito longe daqui. Há algo de diferente no ar.
É agora que as horas acordam, os animais dormem. Silêncio. O lugar agora é infinito, não vejo as paredes, não vejo teto algum, o tempo é ainda mais impalpável e distante. Só sinto o vento gelado. Havia um sonho aqui, sabia que já vira algo bom. Mas isso tudo já se foi, a noite engoliu todas as coisas e as colocou para dormir. Menos eu, que ainda estou aqui, tentando descobrir onde estou. Me lembro dos sonhos que tive, me lembro de campos verdes aconchegantes que me chamavam para deitar na grama verde e quente que refletia o sol. Me lembro de portas douradas pelas quais encontraria o que estive procurando. Portas douradas de luz. Pelas quais entro e desço.
Ouço os sons da manhã. São os pássaros que saem de seus ninhos em direção do sol, à procura da vida que parece emanar dessa carruagem de fogo. Agora me acalmo, tudo é muito mais visível, as coisas são leves e o ar não machuca meu peito. Ela está ao meu lado, respirando devagar seu sono cheio de sonhos bons.
Assim que os primeiros raios tocam o céu, eu me elevo como um pássaro nesse labirinto em que vivo, procurando desvendar qual a verdade do mundo. Se é que existe alguma verdade.
Assim morrerá as assas da noite.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

A música - Parte 1

Do post anterior nasceu este aqui:

É a respeito da música. Posso passar horas divagando forte sobre ela. Em boa companhia nem vejo o tempo passar...

Não, é mais sobre tocar música.
Estive conversando esses dias a respeito de tocar música. E tocar música é como contar uma história. Existem duas formas mais comuns de se contar uma história, nenhuma é melhor do qua a outra pois os casos em que são usadas são um tanto particulares. Bom, a primeira forma é se contar uma história lendo diretamente do livro ou da referência. Os grandes mestres da escrita tomam todo o devido cuidado ao encadear as palavras e ao criar o esboço das imagens que querem que o leitor "veja". É como a música assim chama clássica, em que o músico segue a risca o que está escrito na partitura, empenhando toda a sua técnica e conhecimento para que seu som seja o mais fiel possível do que se está escrito. Outra forma de se contar histórias é ouvi-las e depois recontá-las com as palavras do próprio contador. A história será modificada na ua aparência, mas a estrutura estará toda lá. Assim é a música chamada popular ou todo o cosmos do jazz, músicas na qual o improviso é a parte excitante do som.
Como disse, não há certo nem errado e um estilo não anula outro, tanto que alguns grandes músicos mesclam um estilo no outro de forma sublime.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Abstinência

O post ainterior tem relação com este:

Hoje li algumas coisas que me deixaram realmente feliz. E muito.
Depois de tanto tempo com as responsabilidades e sem brachas para a internet, me deparo com tanta coisa boa pra ser lida.

Simples assim. Como um vento rapido e refrescante.

Só me restam sonhos bons...

sábado, 28 de abril de 2007

Notas

O posto anterior faz muito mais sentido com esse aqui:
Primeiro achava que eramos nascido para ser os destruídos pelos mestres da semana de vinte e dois no Brasil, achava que deveríamos ser engravatados, falando palavras nobres e ganhando muito dinheiro por trás das tais escrivaninhas; todos homens respeitosos e respeitados da sociedade, HOMENS DE IMAGEM. Pessoas sem sonhos, sem imaginação. No fundo, tristes.
Um dia percebi que não era bem assim, não era necessário a gravata, a escrivaninha nem os cálculos irracionais e apáticos (que incluo agora!). Percebi que o que era preciso era apenas "ser de verdade". Puxa, SER DE VERDADE é algo dificil de descrever. Ou se "é de verdade" ou se é uma farsa, alguám que quer ser o que não é e, infelizmente, não sabe o que é. Geralmente isso ocorre com pessoas infelizes que pretendem agradar a todos jah que pensam que não agradam ninguém. E "ser de verdade" se tornou um sentido pra mim, algo positivo a se seguir nessa única vida que tenho.
Bom, felizmente encontrei pessoas "de verdade" depois de ter pensado em tudo isso. E fico muito feliz por ter encontrado todas essas pessoas. Algumas delas mto interessantes e que têm muito ainda a contribuir com a minha formação pessoal, ou alma, ou aura ou seja lah como se chame. Entre elas, a que é "nascida para ser selvagem", ou "bórn tiu bí uáid", com a qual ainda tenho muito que aprender. É um universo TOTAMENTE familiar, juro, mas que jamais havia tomado conhecimento de que ele existia... A vida não passa de um acúmulo de coisas boas.

domingo, 15 de abril de 2007

Sês la ví , em francês.

Relação com post anterior:
Veio e me perguntou:
-Então se a vida é uma bosta, porque a gente continua vivendo?
Respondi na lata:
-Porque senão num ia ter do que reclamar.
A outra conversa sobre coisas fúteis estava bem mais interessante.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O jogo das convivências

O post anterior tem tudo a ver com esse: Passei pelo primeiro deles e perguntei "quanto que tá o jogo?", ele, "Dois a zero, mai anda tem trinta minutos". Segui em frente. Passei pelo segundo e perguntei "quanto tá o jogo?", ele, "Dois a zero, mas o jogo do Canelera no Redondão tá três a um, se esse aqui num fizé mais dois gols, num fizer quatro a zero, não classifica, porque no jogo passado foi empate, dois a dois, e lá no Porto foi quatro a um, QUATRO. Tá fudido, tem que fazer mais dois gols e num tomá nada, só que a pressão tá aumentano", "tá fudido, então", respondi. Segui em frente. Passei pelo terceiro e perguntei "quanto tá o jogo?", ele, "Dois a zero. Mai cê nem tá acompanhando o campeonato, por que tá perguntando então?", respondi "É que é assim: acabei de chegar e tá todo mundo assistindo o jogo. Quem gosta de assistir gosta de comentar o jogo, e é dahora ver o quanto as pessoas sabem do campeonato todo, dos resultados, de que time joga com qual time, quantos pontos e tudo isso". Ele me olhou com cara de "que cara louco". Segui em frente e finalmente cheguei no meu quarto e tirei os sapatos.
Essa história é a unica até agora que não aconteceu de verdade, tirando o fato de que realmente cheguei em casa e perguntei pra todo mundo, um por um, quanto é que tava o tal jogo. Ah, Canelão, Porto e sei lá mais o que q eu escrevi não existe. Se não notaram essa "gafe", é por que está na hora de acompanhar o campeonato pra saber o que é q tah rolando.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Quando ela não está lá

Relendo o que foi escrito anteriormente, lembrei desse cara:
Quando o encontrei ele estava sentado na areia da praia, com seu violão vermelho de companhia. Havia sol, mas nesse dia não pensava em castigar ninguém. Algumas poucas pessoas caminhavam pela areia. Ele logo me reconheceu, me sentei perto para ouvir o que quer que fosse dizer.
O amor de verdade, paixão, o que seja, entre duas pessoas, é como uma estrela. É lindo, brilhante, domina, ilumina, esquenta, cria sonhos e tudo o mais. Mas relação com a estrela tem um problema, a estrela SEMPRE fica lá no alto, quase uma questão platônica, e, quando a olhamos, pode ser que ela já não exista mais, por mais que você veja o brilho.
Daí ele empunhou novamente o violão e tocou alguma coisa agradável, não me lembro o que foi, e os poucos transeuntes do local continuavam sua caminhada distraídos com a bela ilha que escondia parte do horizonte.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A viagem (viajem?)

O post anterior me remeteu a esta historia:
Aconteceu ha algum tempo. Ele sabia o que queria e iria lutar para conseguir. Chamava-se sonho, status, verdade, todos os nomes com sentidos positivos. E assim começou seu ano, sempre focando o sucesso no final. "O sofrimento purifica a alma", nada pode ser conseguido sem trabalho. Esforçou-se para se enquadrar nesse mundo que, de certa forma, não era o seu, o estudo metódico para se passar em um vestibular dos mais concorridos do estado, algo que estava apenas atrás do curso de medicina, algo que apenas Hércules poderia conseguir. E lá foi ele lutar pelo seu sonho.
E lutou de fato.
Mas não conseguiu, por pouco. Talvez ainda não fosse o momento dele, acreditava que aquilo aconteceu pelo fato de não estar preparado para pertencer a esse mundo do qual sonhava, afinal, acreditava que deveria pertencer ao mundo X ou Y ou Z. Ficou extremanente frustrado. Perdera um ano de sua vida. Pelo menos é o que pensava.
Ao invés de alcançar seu sonho conseguiu alcançar o sonho de muita gente, mas que não era o seu. Foi pra longe estudar, muito longe. Alguns chamam de paraíso, outros de magia, outros de "vida boa".
Não acreditava.
Até chegar lá.
Antes mesmo de chegar, começou uma vida diferente das que ele já hava vivido. Muita coisa nova lhe apareceu pelo caminho. Estava aprendendo a gostar de tudo. Na verdade, estava aprendendo a entender tudo.
Depois que chegou lá percebeu que tudo era novo e que não hvia mais o certo ou o errado, o bom ou o mal, o feio e o bonito. Havia apenas o que as coisas eram. E, se eram DE VERDADE, então mereciam todo seu respeito. As pessoas que conheceu lá o ajudaram a compreender isso. O mundo é muito grande, as pessoas são quase infinitas e também muito grandes; não tem como haver uma só verdade.
Sabe-se que seu sistema de vida e de valores também mudara. As pessoas não eram mais más, simplesmente eram o que fossem, e isso fez com que ele se interessasse por cada uma delas, afinal, são infinitas as pessoas, são infinitas as experiencias, é infinito seu ser para enche-lo de coisas boas.
Aquilo tudo durou pouco, como um dia de festa embriagado com os melhores amigos e muita musica boa. Mas foi o suficiente para que ele voltasse ao "mundo real" muito mais preparado para ajudar a fazer melhor a vida das outras pessoas que encontrará pelo mundo.

sábado, 31 de março de 2007

Blablablablablabla...

O posto anterior que me levou a essa reflexão:
Descobri sozinho que SAUDADE de alguem é a afirmação de que realmente gostamos desse alguem, claro, por algum motivo, seja esse pontual ou não. Afinal, o que sou EU senão uma grande salada daquilo que vivi e do que peguei de quem convivi? Tem saudade aquele que, ao olhar uma foto não vê a foto, mas as pequenas cenas contidas em seu cérebro a respeito daquela pessoa ou pessoas das fotos. Alguém tem saudades apenas se foi feliz. E digo FOI, porque é uma felicidade verdadeira, diferente de alguma saudade de algo ruim só porque o agora é pior.
Bom, digo tudo isso porque hoje me deparei com diversas fotos de amigos tanto que conviveram comigo por muito tempo quanto com quem estive junto apenas algums meses ou pequenos periodos de tempo. Dá saudades saber que já fui muito feliz (não que eu não o seja AGORA) e muitas vezes tenho vontade de ser alguem onipresente só pra poder estar com todos ao mesmo tempo, pra conhecer cada vez mais.
Juro que meus amigos são seres indescritiveis, e, as vezes, sinto falta do que cada um tem a me adicionar, principalmente dos distantes.

quinta-feira, 29 de março de 2007

"Mas vida ali que sabe eu fui feliz..."

O post anterior me fez pensar no seguinte:Hoje encontrei uma pessoa muito interessante. Estávamos sentados, tínhamos os olhares vagos tentando penetrar o chão ou o teto ou o que quer que fosse, mas estávamos nos comunicando normalmente. Não me lembro o porquê, mas ele respondeu dizendo que não acreditava em Deus ou qualquer dessas divindades que criaram o mundo e que regem os seres humanos e toda essa historia. Já havia vivido um tempo de sua vida, segundo essa pessoa, o tempo suficiente para chegar até ali, naquele momento, e por isso pensava em diversas experiências que tivera durante essa sua vida. Isso fazia com que essa pessoa afirmasse com convicção "agora, não acredito em Deus ou derivados". Segundo ela, esse tipo de crença a faz desacreditar um pouco de si mesma e seguir algo que não está ao seu alcance. Analisando profundamente, todas as religiões dizem a mesma coisa: "seja alguém bom". Para cada uma há uma definição de BOM, quase todas estão interligadas, são sinônimas. Afinal, para que seguir alguma coisa, se o BOM está em tudo?, é necessário apenas ser bom e pronto. Diz essa pessoa que seu pensamento "hoje e agora" é o de que o mundo é um lugar grande e de certa forma horrível, todos querem tudo e isso faz com que se frustrem de tal maneira que vivam em seus próprios mundos imaginários e sigam algo automático a que chamam vida. Ela mesma percebe que segue vários desses sistemas automáticos, mas me parece que assim é diferente, afinal, ela sabe onde está. Devido ao acumulo continuo de frustrações, as pessoas têm um medo terrível da morte, afinal, de que serve toda a vida, tudo que construímos intimamente e materialmente se, um dia qualquer, morremos e deixamos tudo para trás? Essa pessoa me disse que "agora" acredita que, quando morremos, é para sempre, é tudo uma questão de carne, sangue, bactéria, etc. A tal da VIDA que temos está em nosso cérebro, quando ele morre, morremos junto. Nada de alma, reencarnação, segunda vida, nada. Morre-se e pronto.Fiquei pensando, então a idéia é se matar, já que não adianta viver?Claro que não, vive-se e pronto. Úma vez se tendo essa oportunidade, tem-se que aproveita-la. Essa pessoa me contou sobre Sócrates. Na verdade já conheca a historia, mas prestei muita atenção. Sócrates foi condenado a morte e, na noite que precedia sua execução, pediu que um discípulo lhe truxesse uma flauta. "Para que aprender a flauta, mestre, se vais morrer ao amanhecer o dia?", o condenado respondeu "Você também vai morrer. Um dia". O que a tal pessoa quis me dizer é que a vida é apenas vida, tudo o mais, é cérebro, portanto, mente humana.Pedimos mais algumas cervejas.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Os sonhos da ditadura

Tava vendo os post anterior e comecei a pensar num sonho que tive ontem.
Havia uma ditadura no Brasil. O cenário era muito parecido com o final da ditadura brasileira, quero dizer, os homens usavam pequenos shorts e camisetas de gola V um pouco abertas em cima, e o mundo era meio amarelado como as fotos antigas de quem viveu nessa época, mas, eu sabia, e isso era claro, que não se tratava do passado, e sim, do presente. Era um desses sonhos que parecem ser verdade. A unica coisa diferente eram as roupas da policia, algo muito parecido com os generais alemães de filmes da segunda guerra mundial, roupa escura e um quepe (sei lah como escreve!).
Bom, estavamos uns amigos X e eu conversando na calçada quando, de repente, vimos que dois policiais/generais nazistas havia pego um cara do meio de outra roda de amigos. Os policiais o levaram para o meio da rua, muito bravos com o cara, e o cara tentava se proteger, acuado. Chegando no centro da rua na qual não passava carros, um dos policiais sacou uma pistola identica as usadas pelos alemães na segunda guerra mundial e meteu uma bala na nuca do cara. Foi horrível, todos ficaram chocados, mas, pelo visto, era algo que acontecia com frequencia. Geralmente, em sonhos muito fortes como esse eu consigo tomar consciencia da situação e acordar voluntariamente, e foi o que eu fiz.
Logo ao dormir novamente, esse sonho resolveu apresentar-se em seu segundo capitulo. Estavamos conversando novamente, tudo era muito parecido, mas agora tinhamos medo de que algum desses generais/policiais viessem nos pegar. Nós andavamos pelas ruas e sempre encontravamos, dois a dois, os oficiais em ronda ou patrulha, não sei bem o que. Sempre amedrontadores. Eu tenho certeza de que via pela rua muito sangue no chão, pessoas sendo levadas uma a uma, de forma solitaria e indefesa, também tinha animais mortos por tiros no chão. Mais uma vez o medo foi tão intenso que minha consciencia resolveu que era hora de acordar e interromper isso tudo - por que será deses pesadelos horriveis?.
Meu sono era intenso e, apos me acomodar novamente, dormi de novo. Capitulo três. Estavamos mais uma vez conversando no que seria a calçada da rua de casa (não era de fato a calçada da rua de casa, mas, nos sonhos, temos certeza de que o é!). Eramos uns amigos, meu pai, meu irmão e eu. Tudo era exatamente como havia deixado o Capitulo dois, um hambiente medonho, um expressionismo com cor de foto envelhecida. Muito medo entre a gente. No meio dessa merda toda, um general/policial veio, pegou meu amigo pelo braço violentamente, o levou para o meio da rua e meteu uma bala na nuca dele e simplesmente foi embora, nem falar com ninguem. Aquilo foi horrivel! Não pude fazer nada pra ajudar, estavamos completamente indefessos e impossibilitados de reação, houve o desprezo total do oficial em relação ao meu amigo, e o pior, agora eramos somente meu pai, meu irmão e eu!
É indescritivel o medo com o qual eu fiquei. Talvez, por esse controle que as vezes tenho sobre os sonhos eu sabia que não iria morrer. Sempre que estou em situação de morte nos sonhos, eu sei que não vou morrer, algo inconsciente me diz "se eu morrer, a historia acaba, é impossivel que eu morra". Mas o problema estava em, se eu não iria morrer de forma alguma, soh restava meu pai e meu irmão. É desse horror que eu estou falando. Iria ser a mesma coisa: um general/policial chegaria sem explicações e assassinaria um deles no meio da rua, sem motivo algum (não que o assassinato tenha alguma justificativa, mas tem motivos). Ali no sonho mesmo fiquei pensando em o quanto eu ficaria triste em ver minha familia ser assassinada e o quanto seria doloroso não os reencontrar. Isso ainda não havia acontecido, mas era iminente. Desse vez foi muito mais dificil acordar porque as sensações eram muito intenças, portanto, é tão verdade que não é mais sonho, logo, não tem porque acordar. Horrivel!
A gente assiste filmes como A LISTA DE SCHINDLER ou O PIANISTA e ve essas coisas acontecerem o tempo todo, mas em filme é diferente...

terça-feira, 20 de março de 2007

O quanto não sou nada

Pensano no que eu escrevi ali embaixo:
Hoje conheci o Homem que não tem história. Achei estranho esse nome.
Ele é um cara bem interessante, fiquei sabendo que, durante toda sua vida ele não fez NADA, ou seja, teve a vida mais normal do mundo, normalissima. Nasceu, conviveu com a familia, fez amigos na escola, descobriu a bebida, conheceu algumas garotas legais, fez cursinho e entrou na faculdade, atualmente tem uma vida estável. Aliás, foi no bar da facul que encontrei a figura; afinal é um bom ambiente para conversa.
Depois de muitas cervejas, com as caras vermelhas de tantos gritos animados e risadas ele me contou que não tinha histórias. Ele era um kra que nunca havia feito nada. Ficava até um pouco incomodado de, nas rodas de socialização, não ter nada para contar, afinal, segundo ele, sua vida era normal demais.
Achei aquilo tudo muito engraçado no momento, mas percebi que ele me olhava sério, só podia ser verdade. Fiquei quieto por um momento, tentando decifrar seus olhos. Ele então continuou dizendo que adorava sair de casa para conversar com pessoas diferentes, aquilo era incrivel para ele, pois, sempre tinha histórias interessantíssimas para ouvir.
Comecei a perceber então qual era a do cara, e alguns dias depois, quando nos reencontramos no bar, ele me controu. Como não tinha nada para contar (afinal, segundo ele, sua vida fora normal), adorava ouvir as histórias das outras pessoas para pensar em como sua vida não era. Esse cara deve achar que todo mundo é um livro ou um filme no cinema que fica o tempo todo vivendo coisas diferentes para nos passar essas experiencias. Pelo visto, ele não se acha um livro ou um cinema, por não ter nada de interessante para falar (segundo ele!).
Bom, pensando bem, é um tanto estranho o chamarem de o Homem que não tem vida. Até onde eu sei, ele tem a vida de todos, ou pelo menos parte dela. Eu sei que ele ouve, digere e incorpora esses relatos.

sábado, 17 de março de 2007

Os Acordo

Relendo o post anterior, comecei a lembrar dessa historia:



Havia o Ser sensorial. Era um ser que vivia normalmente, e que buscava o
prazer. Conseguia-o por meio dos sentidos. As sensações é que lhe agradavam, as
sinestesias o deixavam delirante. O toque era importantíssimo, o cheiro,
imprescindível, a audição se aguçava automaticamente. Nas terminações nervosas
da pele sentia o outro, até os pequenos átomos deviam se tocar, apertava o outro
contra o corpo, esfregava-lhe a língua, roçavam-se os lábios, estourava-lhe o
peito. Fechava-se os olhos, assim a energia fluía melhor nos demais
sentidos.
Assim viveu o Ser sensorial até que passou bem no meio da sua vida o Novo.
O Novo era um ser diferente do Ser sensorial. O Novo, pelo que se percebeu mais tarde, também buscava o prazer. Mas o fazia de uma forma diferente do Ser sensorial. O Novo gostava muito de apenas estar ao lado de alguém, o
toque era apenas o toque, e já era suficiente para se criar a comunicação dos
prazeres. Tinha em sua constituição a placidez e a beleza de um quadro da
Renascença.
Foi esse conflito de diferenças que fez com que o Ser sensorial se apaixonasse pelo Novo. E foi o Novo quem primeiramente suscitou, conscientemente, o desejo no Ser sensorial.
Ocorreu que, imediatamente, surgiu uma barreira entre os dois novos conhecidos. Eram quase que completamente opostos, o Ser sensorial queria tocar, lamber, cheirar; o Novo queria apenas estar, comunicação telepática, corrente elétrica que flui entre os corpos através do escasso ar que os separa.
O Ser sensorial quis desistir, o Novo quis desistir. Esqueceram-se de que eram mutáveis, que deveriam incorporar um pouco do outro sem perder sua essência, que deveriam QUASE se tornar um. Esqueceram-se de que eles mesmos haviam criado a noção abstrata de seu Ego.
Passou-se pouco tempo e o Ser sensorial resolveu incorporar um pouco do Novo, e, ao mesmo tempo, o Novo resolveu incorporar um pouco do Ser sensorial. A partir de então, com os esforços necessários, conseguiram se entender planamente e ambos encontraram o prazer na companhia do complementar. O Ego (o medo) cedera seu lugar ao prazer, o sentido de suas vidas.
São felizes o Ser sensorial e o Novo, encontraram no outro aquilo que procuravam. São conhecidos como Acordo.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Nomes

Ao pensar no post anterior, comecei a perceber várias coisas que já sabia, mas que nunca as havia formalizado. É a respeito dos nomes.
Os nomes são uma forma de dominação. Claro! inventamos nomes para as coisas para que elas pareçam menos amedrontadoras e/ou para fazer com que elas nos pertençam. "Minha flor", por exemplo, "mamãezinha", "rex", "Rafa", "Bia". São todos nomes que damos para aproximar aquilo de nós, num movimento único de vinda do objeto, nós ficamos extaticos. Um exemplo filmico disso é a sequencia de "A Viagem de Chihiro" em que a bruxa toma em suas mãos o nome da Chihiro denominando-a Sen, sua nova "escrava".
Mas os nomes também servem para nos transformarmos em outra pessoa, durante alguma solidão ou problema sério, ou ainda em meio a uam situação inesperada. Criamos personagens ligados ao EU central que comanda todos os outros, muitas vezes sem se dar conta disso. Fernando Pessoa é um exemplo incrivel disso. Sabe-se que ele criava conscientemente seus "personagens" escritores, e o fazia por algum motivo muito especial para não expor o Pessoa (em pessoa) ao mundo dos livros. Nós também fazemos isso quando nos damos apelidos e os passamos para os outros, de forma que passamos a nos chamar novas coisas e, com isso, SOMOS outras pessoas, exatamente como nos conceitos das mascaras sociais como "mascara de filho", "mascara de aluno", entre outros.
Nome é algo incrível, tao importante na afirmação do individuo que, desde a Biblia catolica, em que está escrito que Deus possui o nome de todos em suas mãos (imagem complicada essa, acabei de pensar na Yubaba da "Viagem de Chihiro"), até na comunidade indigena em que só existe de fato a criança que recebeu um nome, sua importancia é vital.
Afirmação do individuo.... acabei de me lembrar uma brincadeira que um amigo fez comigo certa vez: tente, apenas TENTE, passar o dia sem dizer a palavra EU. Tenta.

sexta-feira, 9 de março de 2007

O HOMEM INSETO

Na mesma noite do post anterior fui pra cama pensativo e naum consegui dormir até que descobri uma coisa interessante.
Acredito que todo mundo conheça uma cigarra, ou pelo menos saiba oq é uma cigarra. Vou usar esse exemplo pois a cigarra é o inseto do qual fica mais evidente a "muda", termo científico para a mudança de casca que ocorre devido ao crescimento dos insetos. Aposto que muita gente já viu uma casca de cigarra na vida.
Bom, o caso é o seguite, sou uma pessoa que tem ideias das quais acho verdadeiras e que dificilmente aceito as verdades dos outros qndo diferentes das minhas, mas, por outro lado, acredito que só é possivel viver e conviver em sociedade aquele que tem um conhecimento vastissimo das verdades alheias. A finalidade de tudo isso?, meu desejo de dominar o mundo.
As experiências, boas ou ruim, fazem parte de você e te constróem, na medida em que, a cada nova situação, ao meditar sobre ela, a pessoa se torna apta a premeditar saídas para a mesma. Eu sou um kra que quase sempre penso sobre essas tais experiencias e cresço (acho) com elas.
O problema surge quando há o virtual esgotamento na novidade das experiencias recém-adquiridas. "Virtual" pois não acredito que há o esgotamento total desse tipo de coisa. Assim como na cigarra, quando não cabe mais nada, portanto não dá mais pra crescer, ocorre o ruído maldito, (aquele som especifico das cigarras), que para nós é achar que tudo oq era incrível até agora tornou-se o COTIDIANO. Daí que percebi o quanto é importante romper a velha casca e criar novas cascas. E isso, as vezes, ocorre automaticamente; quanto mais noiado se está, menos se percebe essa mudança sutil.
E é isso que aconteceu comigo, mta nóia e nem percebi que estava fazendo barulho por NADA! As coisas JÁ mudaram e eu, na merda do saudosismo nem me toquei. Tipo, agora já saí da casca velha e to num novo crescimento, que culminará notra casca, mas tudo bem. O importante é notar que a velha casca NÃO DEVE ser deixada pra trás, ela vai junto, na cabeça da gente, afinal, ela é apenas mais uma experiencia, uma síntese de experiencias envolvidas no contexto dessa casca. Viva a cigarra!!

PS: as cigarras cantam para acasalar, naum exatamente pra mudar de casca, mais ficaria mais poético inventar isso tudo. Meu, to aprendendo o tempo todo a criar realidade, faço até faculdade pra isso. Bom, qq coisa, em c falando d cigarras, olha no wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cigarra

sexta-feira, 2 de março de 2007

Desliga um poco, mai não totalmente

Hoje estive pensando sobre como eu mudei de alguns meses até agora (e digo AGORA no sentido máximo da palavra, já que talvez eu pesne outra coisa quando eu terminar esse texto ou quando você o estiver lendo). Pensei sobre isso hj, enquanto voltava pra casa e comecei a cantarolar "Chega de Saudade". Bom, vou explicar, há muito tempo não cantarolava alguma música pensando somente em música, por algum motivo, nesses dias atrás, para mim, até a música tinha que ter algum significado. Que ótimo as coisas não terem significado, mesmo que por algum momento, quer dizer, fazer algo apenas pelo prazer de se fazer esse algo, sem nenhuma obrigação pessoal ou social. Lindo. "Come chocolates, pequena; Come chocolates!"...
Vou me lembrar de tocar violão mais vezes, como nas férias, com gente querida, tomando alguma coisa alcoólica ("beber só pelo paladar") e bem feliz da vida.
Puta post inútil, mas mto válido pra hj!!!!!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Tudo já foi inventado

Eu que tenho o costume de salientar que ninguém perde seu tempo lendo postagens (bobagens) de Blogs resolvi criar está página para ninguém. É muito mais fácil escrever o que penso ao invés de criar historias mirabolantes em quadrinhos, principalmente porque não desenho muito bem, e isso leva muito tempo também.
Bom, tudo já foi inventado, ou dito, ou feito, ou refeio, ou sei lá. Por isso já peço desculpas por não poder escrever nada "inovadoramente genial", só vou escrever do mesmo; o que me parece justo. Talvez chame essa página de "punhetagem cerebral" algum dia, esse é o destino do blog, e tenho certeza que quase ninguém vai ler o que estiver escrito aqui, reforçando a ideia solitária do ato. Boa, vou dedicar os textos ao meu computador e a quem, por ventura, tiver interesse nisso tudo; assim é menos frusante. O computador é que tá fodido, é obrigado a ler tudo que escrevo.
A verdade é que eu tinha um assunto pra falar nessa primeira postagem mas REALMENTE esqueci o que era. Tomara que me lembre até amanha...