segunda-feira, 9 de abril de 2007

Quando ela não está lá

Relendo o que foi escrito anteriormente, lembrei desse cara:
Quando o encontrei ele estava sentado na areia da praia, com seu violão vermelho de companhia. Havia sol, mas nesse dia não pensava em castigar ninguém. Algumas poucas pessoas caminhavam pela areia. Ele logo me reconheceu, me sentei perto para ouvir o que quer que fosse dizer.
O amor de verdade, paixão, o que seja, entre duas pessoas, é como uma estrela. É lindo, brilhante, domina, ilumina, esquenta, cria sonhos e tudo o mais. Mas relação com a estrela tem um problema, a estrela SEMPRE fica lá no alto, quase uma questão platônica, e, quando a olhamos, pode ser que ela já não exista mais, por mais que você veja o brilho.
Daí ele empunhou novamente o violão e tocou alguma coisa agradável, não me lembro o que foi, e os poucos transeuntes do local continuavam sua caminhada distraídos com a bela ilha que escondia parte do horizonte.

1 comentários:

Mura disse...

Esse dia está gravado na minha memória como uma fotografias em movimento.