sábado, 25 de julho de 2009

Do tédio (enquanto impossibilidade de se encontrar algo além daquilo que já está dado)

Os posts anteriores remetem a esse:

Enquanto jogo em meus brinquedos eletrônicos eu não sinto nada. Assim como quando me entupo de cerveja ou algum outro líquido alcoolico, bebendo como se eu não estivesse já cheio daquela coisa toda, os jogos me trazem essa sensação. O poder de imersão em alguma coisa da qual não deveria estar participando a não ser na loucura.
Os grandes jogos não precisam de gráficos, sons e efeitos impressionantes. Estes precisam de uma grande máquina que os faça funcionar, e essas grandes máquinas necessitam de um esforço humano para que a consigamos. No fim, o grande espetáculo audiovisual se perde na sua própria insustentabilidade diante das contas a pagar.
Os pequenos jogos (esses, os melhores) são aqueles que, além de funcionar naquela máquina que já tenho, ainda conseguem me transportar para o mundo que criam: um mundo completamente racional apesar de sua fantasia. Portanto, assim como um upgrade nas flechas me adiciona +2 de ataque contra os Orcs, o até contra os Bizantinos, alguns litros de cerveja me ajudam a acreditar e a viver em um mundo pacificado em que não é necessário pensar em mais nada que não seja salvar a partida antes de um ataque imporatnte ou conseguir aguentar o bastante para não ter que ir ao banheiro mais uma vez.
São fantasias tão racionais quanto uma compra de supermercado.

0 comentários: