quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Auto-sabotagem

A respeito desse POST, nem tão antigo:

Auto-sabotagem.
A Laís acertou de primeira!
Fico nesse jogo em que vivo: faço o que eu piamente acredito que é o certo de se fazer pra poder viver ou faço o que todo mundo faz e dá certo?
Acabei de ler aquele livro "Ismael" e me sinto como o tigre que fica na jaula se perguntando "Porque? Porque? Porque?" - leiam pra entender o que quero dizer.
Realmente acho que o mundo tá todo errado e a gente vive em direção duma robotização da vida absurda, uma robotização com maquiagem de "liberdade". Puxa, liberdade hoje, se formos bem a fundo, seria traduzida como "liberdade de consumo e fetiche da mercadoria". Foda foda foda, mas é o que é.
Arranjar trabalho, "se esforçar" pra ser o melhor, "subir na vida"... tudo isso é só pra poder comprar as coisas que a gente precisa pra poder se desligar do trabalho. Pra que tanto trabalho??? Ora, pra comprar uma TV maior, um computador com mais jogos/pornografia, viajar para todos os pontos turísticos do mundo, comer carne de outro lugar. Que bosta, se não faço isso sou um grande perdedor, alguém que deixou a vida passar.
Entendem o que quero dizer agora?
E você acertou em cheio, senhorita Laís: só mesmo me auto-sabotando pra poder "entrar no eixo", "andar nos trilhos" - triste.

1 comentários:

Laís disse...

Pois é, sr. chanzinho. Na época de vestibular, escrevi trocentas reflexões como essa. Não me conformava em ter que passar O DIA INTEIRINHO estudando uma fórmula que não iria acrescentar nada ao meu desenvolvimento espiritual nesse planeta! Só me sentia eu mesma nos momentos de inércia, em que abandonava os estudos para ouvir Pink Floyd, tocar violão, desenhar e escrever textos depressivos-mor para o blog. Culpa. Fueda.