domingo, 7 de setembro de 2008

O coração selvagem

Dos posts anteriores, que há um tempo ficaram parados:

Sempre tive uma atração por Joana. Desde que criei sua imagem olhando para as "galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer" não consigo mais parar de imaginar Joana quando não estou pensando em nada.
Ultimamente tenho me reencontrado com ela e, como sempre, me faz muito sentido conhecer sua história. Da última disse o seguinte:

"- Sim, eu sei, continuava Joana. A distância que separa os sentimentos das palavras. Já pensei nisso. E o mais curioso é que no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é, seguramente, o que eu sinto mas o que eu digo." - Perto do Coração Selvagem (1944), Clarice Lispector.

Certa vez, em Arjuna, a personagem principal é impedida de fazer as coisas pois as palavras a prendem. Mais ou menos isso o que as palavras fazem. Mesmo que não passem de um grande acordo entre as pessoas para que elas possam fazer o outro entender aquilo que estão sentindo. Contudo acho que os sentimentos se mostram em ações, mais do que palavras.

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