terça-feira, 17 de março de 2009

A loucura das ruas

Num dia desses, voltando para casa, estava passando perto de uma farmácia. Um dos carros que estavam parados no estacionamento acendeu as luzes trazeiras, bom, com certeza ele estava de partida. Logo já fui diminuindo o passo assim que vi que ao lado do carro estava uma velhinha, provavelmente esperando o carro sair do aperto do estacionamento para que ela pudesse subir no carro confortavelmente.

Pois não, assim que cheguei mais perto, e o carro já estava saindo, a velhinha levantou um dos braços na direção do carro, para que ele parasse e, com a outra mão, fazia sinal para que eu passasse por detrás do carro. Exatamente como um manobrista faria. Aquela mulher, portanto, era uma manobrista, melhor, uma auto-manobrista já que ela era uma senhora de rua que com certeza não foi contratada para estar alí.

Então passei por detrás do carro, com o passo apertado pois a motorista do carro deveria estar muito brava, assim que a velha levantou a mão a motorista teve que frear bruscamente. E agradeci a velha. Ela nem ouviu pois agora seus movimentos eram em favor da passagem do carro. Frenéticos.

Aquela velha era uma louquinha. Mas somos todos loucos, é o que pensei pelo resto do caminho.

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