quinta-feira, 28 de maio de 2009

Música

Há um tempo tive uma vontade muito grande de sair tocando música por aí. A intenção, um tanto infantil, era animar as pessoas por aí, com músicas que elas gostassem, e também com algumas que mostrassem o mundo pra elas. Quando não estou atento, fico deslumbrado com as letras e ritmos das músicas da década de 60 e 70, de vários países diferentes, pois todas falam de liberdade, e de alguma coisa a mais do ser humano que o completa de verdade, ou pelo menos passam essa idéia.

Mas quando resolvo tocar essas mesmas músicas hoje, me lembro que quase tudo é mercadoria, e algumas pessoas não percebem isso, e resolvem ouvir música sem motivo, só pra completar algum espaço no vazio do dia-a-dia, a música funcional. E, se por acaso eu chegar a tocar essas músicas por aqui é bem provável que eu faça o papel do Ipod de reproduzir som para ninguém prestar atenção.

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Quando escrevo isso, tento ao máximo não transformar uma tese em algo particular e pequeno. Esse texto pode muito bem ser lido como se eu estivesse lamentando um fato particular, que não afeta mais ninguém além de mim. Proque, no fundo, o problema desse texto pode ser o fato de eu não conseguir me adaptar aos Ipod. Por outro lado, pode parecer um texto depressivo, no qual houve um passado em que os Ipod não domnavam a vida das pessoas, e eu, com esse texto, pretendo resgatar esse passado exatamente como ele foi. Dessa forma, escrever um texto contando exatamente o que quero contar é uma terefa quase impossível, pois a cada período tenho que adicionar outro explicativo.

E o texto fica imenso.

E ninguém vai querer ler.

Eu mesmo não vou querer escrever tanto assim.

E o que acabei de escrever pode ser lido da mesma forma como podem ser lidos o texto do início do post.

2 comentários:

Mura disse...

E isso tudo acontece, acho, porque eu tenho essa vontade de "tocar" todo mundo com um único texto. E uma das poucas coisas que consegue "tocar" o mundo inteiro e estar presente na vida das pessoas é a mercadoria.

Laís disse...

Então me chama pra gente montar uma fanfarra e sair por Ibiroça tocando violão e escaleta! E o melhor: nada disso é porcaria para vender, apenas música pura e sincera!