segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sobre um bando de coisas

Se eu fosse realmente muito feio, e não ligasse realmente pra nada, com certeza já estaria muito longe de onde estou agora.
Sim, estive pensando que o medo de ser nada é que me deixa pregado no chão, pensando em possibilidades imbecis de sobrevivência, ao invés de mais possibilidades de vida. Quanto medo de levar um mera porradinha na cara, um pisão no dedo do pé, aquele dedo que na real nem dói tanto quanto um dedinho que foi de encontro ao pé da mesa.
É dessa beleza não somente física e sensorial mas também duma beleza de alma, aura, espírito, essa beleza de tentar ser Jesus Cristo, ou pior, Maria Imaculada, que me fizeram um homem com carinha de bumbum de bebê, cabelinho escovado e um baú cheio do que é mais podre em mim.
Apodreceu porque não deixei que surgisse quando devia, ficou para trás por pensar que eu seria pior se fosse mais vivo.
Morto desde criança, agora tento deixar de ser zumbi.

2 comentários:

Laís disse...

Foda, chanzinho. Foi você quem me ensinou a não ficar adiando (e deixar uma boa idéia morrer) ou fazer dos momentos bons "um evento".

E desculpe se também já te vi como uma espécie de Jesus...

(acho que vou passar um bom tempinho pedindo desculpas pra você...)

Mura disse...

Puxa, Chan, muito obrigado pelas palavras!
Esse post é pra mim mesmo, chega de ficar mandando mensagens secretas por blogs, hehehehe