sábado, 1 de janeiro de 2011

Novo ano

Ano novo pra mim é o dia do meu aniversário. É nesse dia que paro e reflito sobre o ano anterior, as conquistas, as derrotas, os cotidianos e tudo o mais, apesar de não pular as 7 ondinhas em pleno Outubro.
Diria que 2010 foi bem mais uma porcaria do que uma coisa extraordinária como foi 2006 pra mim. Bom, nem sempre o ano que vem tem que ser melhor que o anterior, mas esse foi especial: foi o ano de se ferrar com as expectativas ("que sempre nos fodem pór trás").
Foi o ano em que o emprego de fato acenou a mão pra mim e depois fui descobrir que era para a pessoa do meu lado na rua (!), que meu relacionamento com as pessoas foi realmente difícil a ponto de pensar em acabar de vez com essa história de "Mura", que as coisas que aprendi fizeram mais e mais sentido em mostrar que a vida mesmo não faz sentido algum.
Quero passar longe de ser um chorão e um niilista desiludido com a vida, mas o meu 2010 deixou a desejar mesmo.
Não quero esperar muita coisa de 2011, justamente pra não ficar preso a expectativas e a obrigação de faze-las acontecer. Imagine um homem que está assistindo a sombras em uma caverna e de uma hora pra outra sai desse lugar e dá de cara com um sol do meio dia... fiquei cegado com o tanto que a vida não é nada, não passa daquilo que nós mesmos inventamos sobre ela. E inventamos o tempo todo pra poder dar algum sentido artificial a ela, alguma coisa que nos deixe mais conformados com a já artificialidade da vida cotidiana, do homem bom e justo, pai de família, diplomata.
Não me lembro de ninguém, em 2010 que vive realmente. Todos estava só tentando sobreviver - e com isso sonhamos com terras onde jorram leite e mel do meio das pedras.

1 comentários:

Laís disse...

Putz, chan... É mesmo... Esse ano passado nem foi muito bom, mas ao menos tomamos tudo o que é porrada na cabeça e aprendemos um zilhão de coisas. Aliás, eu aprendi a desenhar, tocar violão, cozinhar, falar russo, viver longe de casa, então me diverti à beça ao menos...

(F)