quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Opa, pit stop na razão

A constante elástica da minha sanidade
Não permite que eu siga um caminho "correto"
Já que ninguém pode me mostrar o que é de fato uma verdade
O que é de fato esquecer, e o que é de fato inventar.

Pertence a mim a maldade nas coisas, por os pés sobre os caídos enquanto estendo a mão
Então em um jogo de câmeras eu estou caído e a mão a que me estende é também minha
E eu sei que, no fundo dos olhos e no canto da boca está a diversão de quem pisa. Eu mesmo.

Ah se os gestos realmente forem mais forte que palavras, e os sentimentos um combustível para os dois
Mas ambos queimam! Fogo e destruição - a vontade é violenta, é violência - passar por cima de tudo
Esperando uma palavra, um gesto, uma ação. Passar por cima de si mesmo todas as vezes.

Arrependimento é como uma droga que nos colcoa pra dormir de novo.
Eu deveria me arrepender de fazer com que eu viva mais? Me arrepender de dizer o que eu sinto e, principalmente não por a mão na frente e sim atacar com força?
Não é certo usar uma roupa que esconda quem sou eu de verdade.
Se me virarem do avesso vão tomar um susto horrível, porque por fora não sou tão verdadeiro.

Como eu queria acreditar no que me falam por aí, e pacifizar o restinho de vida que tenho.
"Me traio em pensamentos", "te traio em pensamentos", "não sei no que estou pensando"
Ora, sabe sim, e sabe que é vontade, e sabe que é podridão e que não vai mais sair de casa por isso.

Choro uma lágrima, duas, três. Deixo chorar o que for, pra que nada fique guardado.
Vou rir com vocês e vou cantar bem alto e alegre, pra que todos fiquem alegres, pra que todos chorem e se lembrem que no fundo não é nada, é bobagem, e a gente que é mole passa a vida reclamando.

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