sábado, 25 de setembro de 2010

Brutus

Como numa guerra de trincheiras, estamos apenas esperando pelo próximo ataque. Todos os lados se levantam e dizem: "Por favor esperem, vamos contar nossos mortos".

Logo mais voltarão para seus buracos sujos e lamacentos, com seus feridos morinbundos, e vão fazer o que têm feito há meses, esperando o inimigo se levantar para o ataque.
Ninguém vai se levantar, as imagens são muito fortes e prendem as pessoas ao chão como raízes. Nenhum dos lados vai atacar, com medo de não conseguir chegar ao inimigo. Na bagunça dos ataques, corre-se o risco de bombardear um aliado, ou mesmo bombardear a vanguarda.

Numa guerra de trincheiras ninguém se arrisca, e todo mundo perde.

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