terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mais uma chícara, xícara, shicara?

Vou fazer o que não fiz desde sempre.
Vou me retirar para um lugar em que ninguém me conhece, onde serei um estranho.
Vou aproveitar e me tornar mais estranho ainda, cheio de verdades.
Verdades, verdades, verdades, que põe medo em todo mundo que é como eu sou agora:
Fracote.

- Oi, bom dia.
- Bom dia.
- Como vai?
- Como vai?

Morto, morto, morto. Como eu, que olho uma fotografia duma paisagem linda e penso: "um dia irei lá". Um dia serei ainda mais magro de tanto nervosismo, isso sim.

Ainda menos coisas me confortam: nem jogo, nem imginário, nem filmes, muito menos minhas próprias promessas. Tudo é tão igual e repetitivo quando uma punheta!

- Oi, bom dia.
- Bom dia.
- Como vai?
- Como vai?
Nem um puto dum sorriso, tão com medo de me olhar nos olhos e perceber que estou mesmo desejando um bom dia? Tão com medo de ouvir que estou com saudades, mesmo sem nunca ter lhes conhecido? Tão com medo dum magrelo? Medo de quê?!!!

Vou escrever tanto, que meu texto se tornará um círculo sem a mínima graça. Um gira-gira repetitivo e didático.


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