terça-feira, 14 de setembro de 2010

The end of our elaborate plans

Mamãe pediu que eu tomasse um café,
- Father?
- Yes, son?
- I want to kill you.

Hoje nada faz sentido. Nunca fez.
Eu que disse que tem que ter sentido, eu que inventei isso tudo.

Amanhã vou fazer o que sobrou pra fazer, o que me fará viver mais uns cem anos tranquilo:
Casa, salário, família, filhos, amigos aos finais de semana.
(Coloquei o salário na frente da família, não foi proposital, foi assim que saiu)

Ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha
Sou um imbecil, fraco, meus dedos circundam os pulsos, alto, desajeitado, sem graça, sem ter o que dizer na hora exata. Sem ter a coragem pra colocar tudo no seu devido lugar - tenho sede de sangue. Mas não tenho coragem mesmo.
Ao invés de ficar forte continuo aqui sentado, escrevendo pra ninguém!
Ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha

Travis, você não é nem ao menos louco.
Não te invejo porque não quero ser você, mas queria ter essa vontade que você teve de, pelo menos, puxar o gatilho pra ver no que dava. E depois, ainda, voltar pra onde veio.
Eu sou o fraco, querendo ser forte, achando que força vem do nada, achando que se fica mais forte ficando parado, achando que vivo num mundo que faz sentido cartesiano.

Ufa, mamãe, não vou querer tomar o café. Vou querer menos dessa coisa estranha que tem nisso que tô tomando todas as manhãs.

0 comentários: